O nosso maior desafio tem sido não surtar pelo menos três vezes por semana, não é verdade? Viver em um mundo tão cheio de violência, falta de amor e com toda superficialidade não é fácil, tem dias que eu me questiono o que eu estou fazendo nesse aqui, qual é o meu papel aqui nesta terra, porque eu não consigo compreender essa crueldade e essa necessidade de machucarmos uns aos outros por mais que eu passe horas, meses e anos estudando sobre comportamento humano.
Você se sente assim? Você tem vontade de sumir de vez em quando? Pois é. Então se nós não cuidarmos da nossa saúde mental e trabalharmos em fortificar a nossa identidade, os surtos serão diários rs.
Antes você se preocupava com o bullying da escola ou com a vizinha fofoqueira, hoje você pode ser julgada e condenada em um tribunal chamado internet, as pessoas acham que tem o direito de te definir por um erro, uma atitude.
Você liga a tv, ou abre páginas do seu celular e de dez notícias, nove e meia são desgraças. Sem contar o pânico coletivo pós pandemia.
E o que fazer com tudo isso? Como eu sempre gosto de ressaltar não é o que te acontece mas o que você faz com o que te acontece. Porque o mundo ainda irá passar por muitas coisas sombrias, você ainda vai passar por muitas coisas desafiadoras, mas o quanto você vai ser refém disso tudo é que vai fazer a grande diferença, tudo bem de vez em quando dar uma surtada, afinal somos seres humanos, falhos e cheio de fragilidade e lembrem-se: em processo de evolução, por isso temos sim que nos permitir ao caos, a olhar nossas sombras, mas como eu disse não ser refém deles.
Então busque focar na sua sanidade, no seu bem estar, em se empoderar de quem você é, da sua história, chore o quanto for preciso, mas nunca esqueça da sua força, que você pode recomeçar, não se perca da sua essência mesmo quando o não é normal começa a se tornar comum.
Porque entre surtos e sanidade precisamos nos manter de pé.
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